Sempre que temos algo novo em nossas vidas, a primeira discussão é saber quais mudanças teremos que fazer e quais as dificuldades que isso nos acarretará. Com isso, é muito difícil pensarmos nos benefícios e nas oportunidades trazidas a médio e longo prazo. E isso não é diferente na gestão de uma empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte.
Uma das principais mudanças que as empresas brasileiras enfrentaram nos últimos três anos foram as contábeis. A entrada em vigor da Lei 11.638 no final de 2007 deu uma reviravolta na contabilidade brasileira. Junto com ela, durante estes anos que se passaram, vieram várias normas e pronunciamentos que deixaram os gestores das empresas brasileiras de cabelo em pé, como já diriam os nossos avôs.
A fase mais complicada que as empresas enfrentaram – e a maioria delas ainda enfrentam – foi a aplicação do IFRS (International Financial Reporting Standard), que nada mais é do que a forma mais usada de contabilidade em todo mundo. Ou seja, se apresentarmos nossos balanços neste formato, qualquer profissional que entenda contabilidade poderá lê-lo, sem nenhum problema.
No entanto, o caminho para a implantação do IFRS há várias pedras, como questão financeira, investimento em capacitação de profissionais e, até mesmo, apresentação para os colaboradores da companhia quais são as vantagens deste novo modelo contábil. Mas como propor isso se nem mesmo muitos dos gestores o conhecem?
É neste momento que a capacitação deve entrar em cena. O gestor, mais do que qualquer outro, tem que verificar os pontos positivos e negativos de se aplicar novas ferramentas e processos dentro da empresa. Para isso, a única maneira de conhecer é estudando e aperfeiçoando os conhecimentos. E com a adoção do IFRS não seria diferente.
Dentre muitos benefícios e vantagens competitivas que a aplicação deste processo contábil traz para as empresas, podemos citar, inicialmente, a questão de negócios com o exterior. Como já foi dito acima, qualquer profissional que tenha conhecimento contábil poderá, agora, ler os balanços brasileiros. Para micro e pequenas empresas, esta é uma grande vantagem, já que é uma oportunidade para entrar em uma área que, antes, nem cogitavam, pois as empresas estrangeiras não perderiam tempo tentando decifrar o que os balanços estavam dizendo – faziam isso apenas com grandes companhias (e olhe lá).
Ou seja, com o benefício da aplicação deste novo processo contábil, as empresas ganham na competitividade e em visibilidade tanto no Brasil quanto no mundo (claro que aquelas que pretendem ganhar mercado lá fora ou se globalizarem). E o que isso gera? Alinhamento à nova realizado dos negócios.
Para os contadores que já estão no mercado e aqueles que estão para entrar, a capacitação ao novo ramo – o IFRS – tornou-se fundamental. Cursos são oferecidos por diversas instituições renomadas e que ajudarão nesta nova busca de aprendizado. O que não podemos é parar e pensar que a contabilidade é a mesma que estávamos acostumados. Esta nova contabilidade brasileira traz grandes desafios para os profissionais. Devemos estar a par dela.